quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Análise de Custo Volume e Lucro


PROBLEMÁTICA:

                        Tem-se falado muito a respeito dos problemas enfrentados pelas micro e pequenas empresas (MPE) brasileiras em se estabelecer no mercado após os 3 primeiros anos de vida. Isto porque o índice de mortalidade dessas empresas sempre foi elevado. Chegava-se a dizer que esses números eram da ordem de 80% ou mais, ou seja, a cada 5 novas pequenas empresas criadas no país, apenas uma sobrevivia após o terceiro ano de vida.
                        O fato é que independente do índice ser 58% ou 80% ou outro qualquer, busca-se uma causa principal para esse problema crônico brasileiro, já que essas mesmas MPE são reconhecidamente responsáveis pela maior parcela de empregos gerados no país. Diversas pesquisas e reportagens focam vários aspectos considerados como sendo os grandes causadores desses números.
              Causas - São eles:
              Crise econômica pela qual passa o país,
              Falta de incentivos e subsídios do governo às MPE exportadoras.
              Altas taxas de juros, acesso restrito ao crédito, exigência de contrapartidas elevadas ao se pleitear financiamentos junto a bancos.
               A crescente concorrência estrangeira, entre outros
Todos esses exemplos citados são verídicos,
importantes e preocupantes, porém são fatores de ordem
macro e de difícil influência por parte do empreendedor isoladamente.

Segundo o U.S. Small Business Administration (SBA, 1998), uma das principais razões de falência das MPE americanas é a falta de planejamento do negócio, exatamente como ocorre no Brasil. Quando se considera o conceito de planejamento, têm-se pelo menos três fatores críticos que podem ser destacados:
              1. Toda empresa necessita de um planejamento do seu negócio para poder gerenciá-lo e apresentar sua idéia a investidores, bancos, clientes etc;
              2. Toda entidade provedora de financiamento, fundos e outros recursos financeiros necessita de um plano de negócios da empresa requisitante para poder avaliar os riscos inerentes ao negócio, e
              3. Poucos empresários sabem como escrever adequadamente um bom plano de negócios. A maioria destes são micro e pequenos empresários e não têm conceitos básicos de planejamento, vendas, marketing, fluxo de caixa, ponto de equilíbrio, projeções de faturamento etc. Quando entendem o conceito,geralmente não conseguem colocá-lo objetivamente em um plano de negócios.
Vários fatores podem ser apontados como causadores desta realidade e dentre estes pode ser mencionada a pequena utilização de técnicas de gerenciamento consistentes. Quer por desconhecimento, quer por preconceitos quanto ao grau de dificuldade para implementá-las, poucos são os empresários que empregam nas suas micro e pequenas empresas ferramentas como a Análise Custo/Volume/Lucro (CVL).

Porém, ao contrário do que possam pensar tais empreendedores, os conceitos necessários ao adequado entendimento da Análise de Custo/Volume/Lucro são relativamente fáceis de serem compreendidos, bastando apenas um conhecimento contábil mínimo. Suas vantagens em termos da oferta de informações gerenciais são inegáveis e todo gestor deveria conhecer em profundidade os conceitos que a mesma abrange. Se adequadamente utilizadas, a Análise CVL pode constituir-se de importante subsídio aos administradores, fundamentando decisões corretas e em bases técnicas confiáveis, reduzindo ou minimizando os riscos inerentes ao processo decisório cotidiano.

DEFININDO A ANÁLISE CUSTO VOLUME E LUCRO

A análise de custo-volume-lucro é um instrumento de planejamento que permite estudar e analisar a relação entre receitas totais, custos e despesas. Os custos e despesas serão decompostos em suas parcelas fixas e variáveis para que seja viável e projetado lucro operacional e possibilitar obter respostas às variações nos níveis de produção, vendas e nos produtos. A análise preocupa-se com o efeito sobre rendimentos de uma alteração no volume de vendas, preço de venda, composição de vendas e custos.
Kaplan e Atkinson (1989) mencionam que diversas decisões gerenciais requerem a análise atenta do comportamento de custos e lucros em função das expectativas do volume de vendas. No curto prazo (menos que um ano), a maioria dos custos e preços dos produtos da empresa, podem, em geral, serem determinados. A principal incerteza não está relacionada com custos e preços dos produtos, mas com a quantidade que irá ser vendida. A Análise de Custo/Volume/Lucro aponta os efeitos das mudanças nos volumes de vendas na lucratividade da organização.

A administração tem por obrigação de aplicar todos os esforços para evitar prejuízos operacionais. Assim, o estudo do CVL é frequentemente utilizado para determinar o ponto de equilíbrio empresarial e ajudar a empresa a evitar prejuízos.
NOTE: Variações nos volumes produzidos
provocam diferentes conseqüências sobre custos e lucros,    
logo a análise
CVL é usada para determinar as inter-relações entre essas
diferenças nos níveis de atividades.



FERRAMENTAS DA ANÁLISE CVL

              Ponto de Equilíbrio
              Margem de Contribuição
              Margem de Segurança Operacional
              Grau de Alavancagem Operacional


Ponto de Equilíbrio
                        É também denominado de ponto de ruptura , e nasce da conjugação dos custos totais com as receitas totais. É o ponto a onde os Custos Totais e as receitas Totais se igualam. A partir deste ponto a empresa entra na área da lucratividade.
                                                           
                                                                              PE : RT = CTL        

                        A análise do Ponto de Equilíbrio é muito importante para a esfera gerencial, os que tomam decisões devem compreender a relação entre o custo de realização dos negócios e a receita gerada pelas vendas da empresa. Esta relação é importante porque, em sua forma mais simples, é a própria definição de Lucro.
Portanto, o lucro de uma empresa é obtido a partir de vendas ocorridas acima do Ponto de Equilíbrio.
A análise do Ponto de Equilíbrio é fundamental nas decisões referente a investimentos, nos planejamentos de controle do lucro, no lançamento ou corte de produtos e para análise das alterações do Preço de Venda conforme o comportamento do mercado. Para a determinação do ponto de Equilíbrio, é necessário definir alguns termos usados:
              RT = PREÇO DE VENDA u x Q
Receita Total (RT): Quantidade (Q) de Unidades Vendidas, multiplicado pelo preço de Venda.
              CT = CV + CF
Custo Total (CT): É composto pelos Custos Variáveis (CV) mais os Custos Fixos (CF).
                                       Concluímos então que: RT = CT
Existem em nossa literatura Contábil Gerencial três conceitos distintos
de ponto de equilibrio são eles:

Ponto de Equilíbrio Contábil (PEC)
                        O Ponto de Equilíbrio Contábil (PEC) será obtido quando o volume (monetário ou físico) o suficiente para cobrir todos os custos e despesas fixas (MC), ou seja, o ponto a onde não há lucro ou prejuízo contábil. É o ponto a onde a Receita Total é igual ao Custo Total. Não há lucro.
Exemplo: Dados da empresa “Custos Ltda”
                          CV = $ 5,00/u
                          CF = $ 4.000,00/mês
                          PV = $ 10,00/u
 
PEC =   CDF            PEC = 4.000,00        
MC( PV- CDV)                  10,00 – 5,00
 
PEC = 800 u/mês ou seja, vendas de $ 8.000,00/mês.
                       
Se produzir e vender na faixa de 800 unidades ao mês a empresas analisada irá fazer face a seus custos e despesas fixas e variáveis não gerando lucratividade, qualquer unidade produzida e vendida acima dessa faixa resulta em LUCRO.
 
Ponto de Equilíbrio Econômico (PEE)
            As empresas perseguem a obtenção de lucro e operar no PEC significa ter resultado nulo. Assim o PEE acontece quando existe lucro na empresa e este busca comparar e demonstra-lo em relação a taxa de atratividade que o mercado financeiro oferece ao capital investido, ou seja o PEE considera o retorno minimo desejado pelos gestores da empresa, Este retorno sobre o investimento é também denominado de Custo de Oportunidade.
Exemplo:      
PEE =  CDF + Custo de Oportunidade
                                    Mcu ou Pv- CDV
            PEE = 4.000,00 + 1.000,00   = 1.000u/mês
                                   5,00
           
Podemos concluir que, para a empresa cobrir no mínimo o retorno que o mercado financeiro daria ao capital investido, a empresa necessita vender 800 u/mês para chegar ao PEC e mais 200 unidades para chegar ao PEE, portanto 1.000 u/mês.

Ponto de Equilíbrio Financeiro (PEF)
                        É representado pelo volume de vendas necessárias para que a empresa possa fazer frente a seus compromissos (desembolsos) financeiros. Os resultados Contábeis e Econômicos não coincidem com os financeiros, pois nem todos os custos de fabricação exigem desembolsos. Como exemplo de despesa não desembolsáveis (não há redução no caixa) temos as depreciações, que podem ser classificadas nos Custos Fixos e não exigem contrapartida, uma saída de caixa. Seguindo o exemplo da empresa “Custos Ltda”, vamos supor que 20% dos CDFT sejam referente à depreciação.
 PEF = CDFT – Despesas não Desembolsáveis + amortização financeira
                                               Mcu Mcu ou Pv- CDV
            PEF= 4.000,00 – (4.000,00 x 0,20) =  640 u/mês
                                               5,00

A empresa deverá produzir e vender 640 unidades para fazer face à seus compromissos desembolsáveis.



Constatação da veracidade do Ponto de Equilíbrio Contábil e Econômico pela Estrutura Gerencial de Resultados.
RECEITAS-RC: Q X PREÇO DE VENDA
CUSTOS E DESPESAS VARIÁVEIS-CDV: Q X CDV UNITÁRIAS
MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO- MC: RC – CDV
CUSTOS E DESPESAS FIXAS- CDF: SOMATÓRIO DE UM DADO PERÍODO
RESULTADO (LUCRO OU PREJUÍZO): MC- CDF  
Obs:
Q: Quantidade
PEC: resultado é sempre zero
PEE: resultado é a lucratividade almejada.



Margem de Contribuição- MC
É a diferença entre a  Receita e o Custo Variável de cada produto. É o valor que cada unidade efetivamente traz à empresa de sobra entre sua receita e o custo que de fato provocou e lhe pode ser imputado sem erro. MC é ao valor que sobra de cada unidade vendida e, portanto, deverá ser suficiente para cobrir os custos e despesas fixas e ainda proporsionar lucro.
Exemplo: Produto “X”
Preço de Venda = R$ 20,00 / unidade
Custos Fixos = R$ 130.000 por ano
Custo Variável = R$ 3,00 / unidade
Fabricação com venda integral = 30.000 unid./ano

RT= 600.000 (30.000 x 20,00)
CV=  90.000 (30.000 x 3,0)
MC = 510.000 (RT-CV)


Margem de Segurança- MgS
 É a parcela de produção e vendas que a empresa tem que está acima do Ponto de Equilíbrio. E conseqüentemente esta empresa poderá amortizar uma redução em sua produção e vendas sem entrar na faixa de prejuízos. É o excedente das vendas da empresa sobre as vendas que representam o ponto de equilíbrio.
Representa quanto as vendas podem cair sem que haja prejuízo para a empresa. Sendo assim possibilita a empresa tomar certas medidas que poderão fazer frente a situações que miniminizem os riscos futuros. MgS quanto maior melhor, pois representa venda reais daquelas representada no ponto de equilíbrio.
MgS = RT - RTPE
IMgS= MgS  x 100
          Vendas

IMgS = 40%, significa que as vendas podem cair até 40% que a empresa ainda está operando no seu ponto de equilíbrio.

  
Grau Alavancagem Operacional



É a possibilidade de um acréscimo percentual no lucro operacional maior do que o percentual obtido de aumento das vendas. Em física o conceito de alavancagem decorre do uso de uma alavanca para levantar um objeto pesado com o uso de uma pequena força. O mesmo fora descoberto pelo físico, matemático e inventor grego Arquimedes. Inclusive é dele a célebre frase: "Deem-me uma alavanca e um ponto de apoio e eu moverei o mundo". No mundo dos negócios um alto grau de alavancagem operacional indica que um pequeno crescimento percentual nas vendas provocará um crescimento muito maior no lucro. O efeito de alavancagem ocorre devido ao fato de os custos fixos serem distribuídos por um volume maior de produção ou seja melhor uso dos ATIVOS OPERACIONAIS, fazendo com que o custo total de cada unidade produzida seja reduzida. O GAO é medido pela comparação entre a variação percentual do lucro e variação percentual da quantidade vendida.
            NOTE: Não se fala em alavancagem no ponto de equilíbrio uma vez que só é possível determinar esse incremento na faixa de lucratividade
  GAO = Variação no lucro /Variação nas Vendas
        Lucro atual- Lucro anterior     / Quantidade atual – Quantidade anterior
                  Lucro anterior                          Quantidade anterior

Esse grau sinaliza quantas vezes um acréscimo nas vendas refletirá sobro o lucro operacional da empresa.
GAO= 4,8. Para cada incremento nas quantidades vendidas corresponderá a um aumento de 4,8 vezes no lucro.


BIBLIOGRAFIA DE APOIO
- ABREU, P. e STEPHAN, C. Análise de investimentos. Rio de Janeiro : Campus.
- BRASIL, H. V. e BRASIL, H. G. Gestão financeira das empresas: um modelo dinâmico. São Paulo : Qualitymark, 1993.
- BREALEY, Richard A. e MYERS, Stewart C. Princípios de finanças empresariais. Portugal: McGraw-Hill, 1992.
- DUBOIS, ALEXY, Gestão de Custos e formação de preços: conceito, modelos e instrumentos: abordagem do capital de giro e da margem de competitividade/ Alexy Dubois, Luciana Kulpa, Luiz Eurico de Souza.- 3.ed.-São Paulo: Atlas, 2009.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Bê-a-Bá da Gestão de Custos

HISTÓRICO DA CONTABILIDADE DE CUSTOS

Até a revolução industrial XVIII só a existia a contabilidade Financeira (Geral), que estava bem desenvolvida para servir as empresas comerciais.
Era extremamente fácil para o Contador apurar o resultado do exercício- Bastava o levantamento dos estoques em termos físicos pois em valores monetário já se conhecia pelos valor pago pela mercadoria. Assim o custo era facilmente conhecido conforme a formula:
CMV= EI + C – EF e depois era só.
RC – CMV- Despesas= Lucro do período

Com o advento das indústrias, tornou-se mas complexo a função do contador que para levantar o BP e DRE não dispunha agora tão facilmente dos dados para poder atribuir valor ao estoque, pois o valor de compra na empresa comercial estava agora somado com uma série de valores pagos pelos fatores de produção utilizados. Nada mais natural de vermos o Contador tentando adaptar os procedimentos á empresas industrial aos mesmos critérios utilizados na comercial.

Nota-se que a preocupação era fazer da contabilidade de custo uma forma
de resolver problemas de mensuração monetária de estoque
 e não instrumento de ADM.

Sendo assim nesse novo campo de  auxilio “ no controle e no momento decisório” a função da contabilidade de custo é fornecer dados para estabelecimento de padrões, orçamentos, e outras formas de previsão e num estágio imediatamente seguinte, acompanhar o efetivo acontecimento para comparação com os valores anteriormente definidos.

É indiscutível que o caminho a seguir, para atingir os objetivos de qualquer empreendimento, é reconhecer na contabilidade de custo o papel que naturalmente representa dentro de um modelo de gestão.


TERMINOLOGIA EM ESTUDO

Os termos utilizados pelos profissionais da área de custo, muitas vezes são utilizados como sinônimos, porém para o gerenciamento empresariais é necessário uma distinção criteriosa entre essas palavras.
Os termos utilizados pelos profissionais da área de custo, muitas vezes são utilizados como sinônimos, porém para o gerenciamento empresariais é necessário uma distinção criteriosa entre essas palavras. São elas Desembolso, Gasto, Investimento, Custo, Despesa, Perda e Desperdício.

DESEMBOLSO: Saída de dinheiro do caixa para cobrir os Gastos, resultantes da aquisição de um produto ou serviço.

        •GASTO: Desembolso à vista ou a prazo para obtenção de bens ou serviços. O gasto se concretiza quando o bem adquirido passa a ser propriedade da empresa.

                                         Os gastos podem ser classificados em:

        INVESTIMENTOS: Compreendem, geralmente, os gastos com a obtenção de bens e serviços de uso da empresa (benefícios imediatos ou futuros), ou seja valores que a empresa gasta na aquisição de bens patrimoniais. Ex: compra de um imóvel, móveis e utensílios.
       
       CUSTO: Gasto relativo a bens ou serviços aplicados no produção de outros bens e serviços, NOTE o custo somente ocorre na atividade produtiva, constituindo-se, dessa forma, em elemento inerente ao processo de produção da empresa. Ex: matéria prima utilizada no processo produtivo.

DESPESA: Gastos com consumo de bens e da utilização de serviços das áreas administrativas, comercial e financeira, que visam a obtenção de Receitas. Ou seja gastos para manter a estrutura organizacional. Ex: salário do ADM e aluguel.

PERDA: Bens ou serviços consumidos de forma anormal e involuntária. Ex: inundações, incêndios, greves e multas.

DESPERDÍCIO: É o gasto que a empresa apresenta pelo fato de não ocorrer o aproveitamento normal de todos os recursos. Ex: Uma produtividade menor que a normal e vendedor com tempo ocioso após cumprir metas de venda.

CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS E DESPESAS
Classificação Dos Custos
CUSTO: Gasto relativo a bens ou serviços aplicados no produção de outros bens e serviços- ou seja para atividade produtiva. Os custos podem classificados segundo dois critérios:

I- COM RELAÇÃO AOS PRODUTOS: Diretos e Indiretos
II- COM RELAÇÃO AOS VOLUME DE PRODUÇÃO: Fixos e Variáveis
Ainda podem ser: Misto-(Semifixos  e Semivariáveis)

Classificação dos custos- COM RELAÇÃO AOS PRODUTOS

Custo direto: Podem ser apropriadas de maneira objetiva aos produtos elaborados, ou seja em função de certas medidas de consumo, porque há uma forma de medição clara de seu consumo durante a fabricação.
Ex: Certa matéria prima custa R$ 7,00/KG, a empresa utiliza 1,5KG dessa matéria para fabricar uma unidade do produto X, logo ela gasta R$ 10,50 dessa matéria prima para produzir uma unidade do produto x.

Curso indireto: São apropriados de forma arbitrária como rateios ou estimativas, isso uma vez que são de difícil mensuração e apropriação a cada produto elaborado porque são utilizados em vários produtos que estão sendo produzidos.
Exemplos: Energia elétrica - o valor  consumido, deverá ser rateado entre todos os produtos fabricados no referido período. Aluguel da fábrica – esse gasto é impossível de ser identificado em relação a cada produto.

Classificação dos custos-RELAÇÃO AO VOLUME DE PRODUÇÃO

Custo fixos: São os mesmo qualquer que seja o volume de produção da empresa. Os Custos Fixos, estão relacionados com os Custos Indiretos de Fabricação, não guardam proporção com as quantidades de produtos fabricados.
Ex: Se a industria produziu 10 ou 1 unidade de um produto, o Custo com o Aluguel do prédio, depreciação das máquinas, salários e encargos da supervisão da fábrica etc, serão os mesmos.

Custo Variável: são aqueles cujos valores alteram em função do volume produzido. Os custos variáveis têm relação direta com os Custos Diretos de Fabricação.
Ex. Uma fábrica de mesas de madeiras gasta 5 metros de madeira para fabricar 1 mesa,  para fabricar 10 mesas serão necessários 50 metros de madeira ( 10 mesas x 5 metros unitariamente). Quanto maior for a quantidade fabricada, maior será o consumo de matéria-prima.

Custos Mistos: são aqueles que apresentam uma certa variação em função do nível de produção, mais que também têm uma parcela fixa. Essa parcela fixa ocorrerá mesmo que nada seja produzido.
Ex: Energia elétrica da fabrica- irá ser cobrado uma taxa mínima mesmo sem produção- sem que haja consumo no período.

Classificação das Despesas

DESPESA: Gastos com consumo de bens e da utilização de serviços para manter a estrutura organizacional, visam à obtenção de Receitas. Ex: salário do ADM e aluguel.
Divide-se em Fixas ou Variáveis:

Fixas: Apresentam o mesmo valor qualquer que seja o volume das vendas da empresa. EX: Aluguel e Seguro do escritório.

Variáveis: São as despesas que ocorrerem em função do volume de vendas. EX: Comissões dos vendedores, Bonificações sobre Venda e Frete de entrega.

Outras considerações:
Custo Total de produção: Corresponde a todos os elementos que participaram do processo produtivo, é constituído por materiais usados no processo industrial, mão de obra e custos indiretos.

Custo de Produção do Período: Corresponde aos custos referentes ao processo produtivo que ocorreram em um determinado período de tempo. Logo pode-se afirmar que o CPP é o CP que ocorreu durante uma semana um mês um ano.
Equação: CPP= MD+MOD+CIF

Custo Primário: Considera os valores que ocorrem com os materiais diretos e a mão de obra direta, também é chamado de custo direto.
Equação: CD = MD+MOD

Custo de Transformação: Considerando que a MD é transformado pela MOD em produtos acabados por meio da mão de obra que os manuseou, utilizando recursos indiretos da fabrica.
          Equação: C.tranf = MOD+CIF


MD: Material Direto
MOD: Mão de Obra Direta
CIF: Custo Indireto de Fabricação


BIBLIOGRÁFIA DE APOIO: -DUBOIS, ALEXY, Gestão de Custos e formação de preços: conceito, modelos e instrumentos: abordagem do capital de giro e da margem de competitividade/ Alexy Dubois, Luciana Kulpa, Luiz Eurico de Souza.- 3.ed.-São Paulo: Atlas, 2009.